Desde 2013 são 11 estádios brasileiros com nomes de empresas, média de uma nova nomenclatura por ano no país, a nova tendência em arenas nacionais nos últimos meses.
No Brasil os naming rights de estádios tiveram o ressurgimento em 2013 com a Allianz no Palmeiras, já que em 2005 o Athetico Paranaense foi o pioneiro no país, ao mudar o nome da Arena da Baixada, para Kyocera Arena, que durou até 2008, nos últimos 16 meses foram sete estádios renomeados.
O naming rights está ganhando cada vez mais espaço como uma nova forma de receita, tornando muito interessante para os clubes brasileiros, por isso nos últimos meses o grande interesse dos clubes em ter uma empresa nomeando seus estádios, uma nova onda que só tende a crescer daqui para frente.
"As possibilidades de exploração comercial a partir de contratos firmados com parceiros são enormes. Hoje, já há um movimento um pouco mais consolidado, por parte de alguns clubes, que conseguem aproveitar muitas dessas oportunidades. O fato de as equipes deixarem de relutar em mudar o nome dos estádios em nome da tradição também é um fator que expressa uma nova mentalidade comercial", disse Joaquim Lo Prete, Country Manager da Absolut Sport no Brasil.
Os onze estádios renomeados são: Mercado Livre Arena Pacaembu (Prefeitura de São Paulo), Morumbis (São Paulo), Neo Química Arena (Corinthians), Allianz Parque (Palmeiras), Vila Viva Sorte (Santos), Ligga Arena (Athletico Paranaense), Casa de Apostas Arena Fonte Nova (Governo da Bahia), Arena MRV (Atlético Mineiro), Arena BRB Mané Garrincha (Governo do Distrito Federal), Casa de Apostas Arena das Dunas (OAS Engenharia/Governo do Rio Grande do Norte) e Arena Nicnet (Botafogo-SP).
"Os estádios são ativos valiosos do esporte e a venda dos naming rights representa receita importante a ser explorada nos planejamentos dos clubes. A injeção de dinheiro potencializa o desenvolvimento das experiências, assim como ocorre nos esportes americanos, por exemplo", afirma Ivan Martinho, professor de marketing da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
Essa nova tendência de negócio iniciou em 2013 com a Allianz no Palmeiras, depois em 2017 a MRV com o Atlético Mineiro, mesmo ainda sem o estádio começar a ser construído, três anos depois foi a vez da Neo Química Arena com o Corinthians, na sequência em 2022 veio o Banco BRB com o Mané Garrincha.
Em 2023 a Ligga Telecom com o Athletico Paranaense, ainda em 2013 teve a Mondelez (Bis) com o São Paulo e a Casa de Apostas com a Fonte Nova, esse ano teve a Nicnet com o Botafogo de Ribeirão Preto, a Casa de Apostas com a Arena das Dunas e a Viva Sorte com o Santos, assim são cinco das 12 arenas da Copa do Mundo do Brasil 2014 como os nomes oficiais comercializados.
"É muito importante que uma nova arena já comece com o naming rights estabelecido, criando uma identidade desde o início, pois facilita a negociação com outras propriedades e empresas interessadas em investir com parcerias. Tivemos casos no país em que o apelido dado a um estádio dificultou a construção da marca junto ao mercado", pontua Anderson Nunes, atualmente Head de Negócios da Casa de Apostas.
Valores de naming rights de estádios no Brasil.
Mercado Livre Arena Pacaembu - São Paulo
R$ 1 bilhão por 30 anos - R$ 33,3 milhões por ano
Morumbis - São Paulo
R$ 75 milhões por 3 anos - R$ 25 milhões
Neo Química Arena - São Paulo
R$ 300 milhões por 20 anos - R$ 15 milhões por ano
Allianz Parque - São Paulo
R$ 300 milhões por 20 anos - R$ 15 milhões por ano
Vila Viva Sorte - Santos
R$ 150 milhões por 10 anos - R$ 15 milhões por ano
Ligga Arena - Curitiba
R$ 200 milhões por 15 anos - R$ 13,3 milhões por ano
Casa de Apostas Arena Fonte Nova - Salvador
R$ 52 milhões por 4 anos - R$ 13 milhões por ano
Arena MRV - Belo Horizonte
R$ 71,8 milhões por 10 anos - R$ 7,18 milhões por ano
Arena BRB Mané Garrincha - Brasília
R$ 7,5 milhões por 3 anos - R$ 2,5 milhões por ano
Casa de Apostas Arena das Dunas - Natal
R$ 6 milhões por 5 anos - R$ 1,2 milhões por ano
Arena Nicnet - Ribeirão Preto
R$ 6 milhões por 5 anos - R$ 1,2 milhões por ano
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